Patricia Ferraz - A música em mim

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Niterói, RJ, Brazil
Produtora Cultura e Lighting Designer. Tornou-se conhecida por assinar a curadoria, direção de produção lighting designer, agenciamento artístico em projetos, shows, programas de TV, com alto reconhecimento de público e da crítica especializada. Atua no cenário cultural desde 1994. Desde 2007 vem ministrando pelo Brasil o Curso de Produção Cultural e Workshop de Iluminação APRENDA COM QUEM FAZ , também com um retorno expressivo de público e imprensa. Nesse trilhar já formou mais de 400 alunos e continua na estrada com o curso, onde ensina de maneira prática os segredos dos bastidores em produção e na iluminação em shows. Bem vindos ao meu universo musical.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cacaso por Flávio Carpes

Dando sequência à série que enfoca grandes talentos da nossa música que por aqui passaram rapidamente, deixando seu rastro de arte com traços marcantes de estilo e personalidade, cada um deles dentro (ou fora) do contexto de sua época, vamos falar hoje de Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso, nasceu em Uberaba, Minas Gerais em 13 de março de 1944 e foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro.

Depois de viver no interior de São Paulo, mudou-se aos onze anos para o Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento, tendo, entre outros assuntos, defendido e teorizado acerca do cenário poético de seus contemporâneos, a geração mimeógrafo, criadores da chamada poesia marginal, que ganhou publicidade com a “Antologia 26 poetas hoje”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, com quem Cacaso, em janeiro de 74, escreveu o artigo "Nosso verso de pé quebrado", no qual fazem uma síntese das poéticas de então. Seus artigos estão reunidos em “Não quero prosa”, publicado em 1997.

Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.

Como poeta, estreou em 1967 com o livro “A palavra cerzida”. Em 1974, lança Grupo Escolar, pela coleção Frenesi, composta também dos livros depoetas como Chico Alvim, Roberto Schwarz, Geraldo Carneiro, e João Carlos Pádua. Cacaso une-se então a outros poetas, como Eudoro Augusto, Carlos Saldanha e Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte), formando a coleção Vida de Artista, pela qual lançou “Segunda classe” (em parceria com Luiz Olavo Fontes) e “Beijo na boca”, ambos em 1975. Depois vieram "Na corda bamba" (1978), "Mar de mineiro” (1982) e “Beijo na boca e outros poemas” (1985), que reunia uma antologia poética da obra do autor. Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da "poesia marginal", em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Helena Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cezar, Charles, Chacal, Geraldinho Carneiro e Zuca Sardhan.

Na música, os amigos e parceiros se multiplicavam na mesma proporção: Edu Lobo, Djavan, Tom Jobim, Toquinho, Olívia Byington, Sueli Costa, Cláudio Nucci, Novelli, Nelson Angelo, Joyce, Toninho Horta, Francis Hime, Sivuca, João Donato e muitos mais.

Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso foi embora prematuramente aos 43 anos. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".

Em 2002, veio a público Lero-lero, sua obra completa, incluindo, além dos livros citados, letras e poemas inéditos.


http://www.myspace.com/cacaso


terça-feira, 21 de julho de 2009

Lucina faz show em Brasília no final de semana

Foto: Estevam Avellar


A cantora e compositora Lucina se apresenta no próximo final de semana dia 25 de julho (sábado) às 22 horas no Feitiço Mineiro em Brasília o show ' A Música em mim' acompanhada por Jorge Macarrão ( percussão).

No show Lucina conta a trajetória de uma história de amor através de canções e comentários que costuram o tema.

É um show para cantar junto, se emocionar , rir e viajar de carona na identificação, pois os sentimentos são comuns a todos nós.

Lucina tornou-se conhecida através de seus CDs lançados e de suas canções gravadas por Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Joyce, Frenéticas, nana Caymmi, Fred Martins, Vânia Bastos , Daúde, Rolando Boldrin, Carlos Navas, Alzira E, Tetê Espíndola, Verônica Sabino entre outros, além da dupla Luli e Lucina da qual fez parte por 25 anos.

Seu mais recente CD A Música em Mim foi produzido e lançado por sua parceira Zélia Duncan e o show ao vivo registrado em DVD pelo Canal Brasil (GloboSat).

Atualmente Lucina esta em fase de finalização de gravação de seu mais novo CD onde registra canções inéditas em parceria com Zélia Duncan, lançamento em outubro.
Aguardem aqui no blog a agenda de shows de lançamento.



*Dica do bem: Não perca o olhar da bondade!
Beijos sonoros
Patricia Ferraz

Carlos Navas de volta aos palcos cariocas


Hoje tenho o enorme prazer de divulgar no blog a volta aos palcos do Rio de Janeiro, do cantor paulistano Carlos Navas.
Deixo registrado aqui no blog minha admiração pelo talento musical de Carlos Navas .
Me orgulho de acompanhar o vôo maduro desse artista.
Nossa amizade é tecida pelas linhas do tempo entre acordes e melodias que falam ao coração .

Carlos Navas aterriza na cidade do RJ em única apresentação na Sala Baden Powell dia 26 de julho (domingo) às 17h com o show “Quando o Samba Acabou” – Dedicado a Mario Reis .

Já há algum tempo, o cantor Carlos Navas vem sendo saudado como uma voz especial e singular no panorama da canção brasileira contemporânea.
Com treze anos de carreira, acumulando surpresas e despindo-se de vestes que ele próprio toma de empréstimo, lançou em 2007 o CD, “Quando o Samba Acabou” - Dedicado a Mario Reis, que, recebido com elogios unânimes da crítica, e sem apelar para a imitação – como oportunamente frisou Hermínio Bello de Carvalho no texto de apresentação – mostra os caminhos sinuosos pelos quais o canto de Mario segue influenciando um cantar moderno. No tributo a este que é considerado o primeiro inovador do canto no samba, conhecido por sua dicção particular, que aproximava o canto popular da fala espontânea, são mescladas canções conhecidas, como “Se Você Jurar” (Francisco Alves / Ismael Silva / Nilton Bastos) e “Jura” (Sinhô) com outras obras, caso da belíssima faixa título “Quando o Samba Acabou”, de Noel Rosa. “Joujoux e Balangandans”, de Lamartine Babo, já interpretada em duetos de Mario Reis com Mariah e de João Gilberto com Rita Lee, foi gravada no CD em duo com Tetê Espíndola.

A lição de explorar os recursos oferecidos pelo microfone e pelas demais ferramentas de gravação elétrica é percebida “Dorinha, Meu Amor” (José Francisco de Freitas).“Sabiá” (Sinhô), uma das primeiras canções gravadas por Mario (1928) completa o repertório, junto com “Meu Barracão” (Noel Rosa), “Cansei” (Sinhô) e “Fui Louco” (Noel Rosa/ Bide). No show, há números que não estão no CD, como “O Grande Amor” (Jobim e Vinicius), “A Tua Vida é um Segredo” e “Rasguei a Minha Fantasia” (Lamartine Babo). Ele será acompanhado por Fabiano Krieger (violão), Pedro Pamplona (sopros) e Cássio Acioli (percussão).

Queridos leitores do blog esse show é imperdível , estarei lá para rever meu amigo querido, cantar junto e aplaudir Carlos Navas.

Deixo com vocês o link do site de Carlos Navas: http://www.carlosnavas.com.br/ , vale a pena passear por lá e conhecer a fundo a trajetória desse artista.

*Dica do Bem: Música boa aquece por dentro!
Beijos sonoros
Patricia Ferraz

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Noel Rosa por Flávio Carpes

Hoje é a vez do grande nome da nossa música falecido mais precocemente. Noel de Medeiros Rosa nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, tornando-se anos mais tarde conhecido como o "Poeta da Vila". Morou durante seus vinte e seis anos e meio de vida na mesma casa na rua Teodoro da Silva, que tempos depois seria demolida para a construção de um prédio residencial que leva seu nome. Teve em seu nascimento fratura e afundamento do maxilar provocados pelo fórceps, além de uma pequena paralisia na face direita, que o deixou desfigurado para o resto da vida, apesar das cirurgias sofridas aos seis e doze anos de idade.

Quando tinha apenas 13 anos, começou a tocar bandolim de ouvido e violão, que aprendeu com o pai, seu primo Adílio e os amigos Romualdo Miranda, Vicente Sabonete e Cobrinha.

Já dominando o instrumento, fazia serenatas com o irmão no bairro de Vila Isabel em 1925. Nesse mesmo ano, conheceu o compositor Sinhô, de quem tornou-se grande admirador. Sem deixar de lado o violão e as serenatas, em 1929, ao terminar o ginásio, preparou-se para a Faculdade de Medicina, que viria a abandonar três anos depois. Em 1929, os moradores de Vila Isabel e alunos do Colégio Batista, Almirante, Braguinha, Alvinho e Henrique Brito, formaram um grupo musical, o Flor do Tempo, que se apresentava em festas locais. Quando foram convidados para gravar, o grupo foi reformulado, mudando o nome para Bando de Tangarás.
O compositor, que já tinha fama de bom violonista no bairro, foi convidado por Almirante e Braguinha para juntar-se ao grupo.

Teve paixões por mulheres que se tornaram musas de alguns de seus sambas, como no caso de Ceci, dançarina de um cabaré da Lapa. Para ela, compôs "Dama do Cabaré" e "Último desejo". Casou-se com Lindaura, em dezembro de 1934. Na verdade, o casamento ocorreu por pressão da mãe da moça, pois Lindaura tinha apenas 13 anos, dez a menos do que ele. Grávida, ela perderia o filho meses após o casamento. A união com Lindaura não modificou seus hábitos boêmios, que acabariam por comprometer irremediavelmente a sua saúde.
No início de 1935, já com os dois pulmões lesionados, viajou com a mulher para se tratar em Belo Horizonte, onde se hospedou na casa de uma tia. Porém, o tratamento durou poucos dias, pois o compositor logo começou a freqüentar os bares e o meio artístico da cidade, apresentando-se até na Rádio Mineira. Ainda em Minas, em maio desse mesmo ano, recebeu a notícia do suicídio do pai, que se enforcou na casa de saúde onde estava internado para tratamento dos nervos.
Apresentando algumas melhoras, em setembro retornou ao Rio de Janeiro. Contudo, em fevereiro de 1936, viajou para Nova Friburgo, na ragião serrana do Rio de Janeiro por ordens médicas. Mesmo assim se apresentou no cinema local e freqüentava os bares da cidade. Retornou ao Rio bastante adoentado. Por sugestão de amigos e familiares, foi para Barra do Piraí, em abril do mesmo ano, em busca de repouso para tentar curar a tuberculose. Após uma semana começou a sentir arrepios e a passar mal. Na manhã de dois de maio, voltou ao Rio com Lindaura, às pressas, em estado muito grave, do qual não conseguiria se recuperar.
Morreu na noite do dia quatro de maio, enquanto em frente à sua casa comemoravam o aniversário de uma vizinha numa festa em que tocavam suas músicas.
Entre outras canções com diversas parcerias, Noel deixou clássicos como “Filosofia”, "Eu vou pra Vila", “Pra que mentir”, "Conversa de botequim", "Feitio de oração", "Três apitos", "Fita amarela", "Palpite infeliz", "Feitiço da Vila", "O orvalho vem caindo", "Até amanhã", "Com que roupa", "Dama do cabaré", "Filosofia", "Não tem tradução", "Gago apaixonado", "Último desejo", "Pierrô apaixonado" e "As pastorinhas". Flávio Carpes

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Génève

Segunda feira solar.

Depois de um domingo chuvoso e bastante frio , deixo com vocês um registro inédito do encontro de Lucina e Joyce em show no Tribunal de Contas/ RJ em 27de maio /09.

Nesse video elas cantam Génève de música de Lucina e Luhli.

Produzir e iluminar esse show foi mágico.





Lucina esta finalizando seu novo CD essa semana em SP , logo disponibilizarei aqui mais notícias.

Boa semana .

*DICA DO BEM: Música boa para aquecer por dentro


Beijos sonoros


Patricia Ferraz

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pelo sabor do gesto

O Teatro Municipal de Niterói recebeu nos dias 04 e 05 de julho Zélia Duncan na estréia de seu novo show 'Pelo Sabor do Gesto'.

Fotos : Alexandre Moreira

Ainda impactada com o show sento aqui para falar um pouco e mostrar a vocês leitores do blog o que rolou por lá.

É difícil tecer comentários quando a protagonista da história é uma amiga querida mas vamos lá.
Já havia me emocionado com o repertório, arranjos e leveza quando ouvi CD .

Leila Pinheiro, Claudia Gimenez , Isabella Taviani e Ana Beatriz Nogueira que assina a belíssima direção do show, cruzaram a ponte para prestigiar a estréia Zélia Duncan em Niterói.

Terceiro sinal, teatro lotado.
Zélia de asas e coração aberto para novos vôos, sobe ao palco acompanhada por Jadna Zimmerman, Léo Brandão, Webster Santos e Ézio Filho.
Logo no início fiquei impactada com a luz assinada por Aurélio de Simoni , talento raro.

Zélia passeia pelo repertório do novo CD com maestria.
Saboreio os detalhes, melodias , letras e arranjos.

Me emociono dessa vez ao vivo com as canções , Todos os Verbos onde Zélia traduz a letra para a linguagem dos deficientes auditivos tecendo uma homenagem a Marta Morgado, uma fã portuguesa.



Telhados de Paris , canção tão familiar
aqui dentro




e
Pelo Sabor do Gesto canção que dá título ao CD.




Outro momento mágico foi ouvir Zélia interpretando Felicidade de Luiz Tatit.

Aplausos para minha amiga querida!
Agora é aguardar Zélia Duncan dia 29 de agosto no Canecão/ RJ.
Disponibilizo aqui alguns momentos do show em video que já rolam pelo You Tube , registrados por fãs de Zélia.
Divirtam-se!

*Dica do Bem: Intimidade é fato não dá pra fingir.

Beijos sonoros
Patricia Ferraz