Dando sequência à série que enfoca grandes talentos da nossa música que por aqui passaram rapidamente, deixando seu rastro de arte com traços marcantes de estilo e personalidade, cada um deles dentro (ou fora) do contexto de sua época, vamos falar hoje de Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso, nasceu em Uberaba, Minas Gerais em 13 de março de 1944 e foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro.
Depois de viver no interior de São Paulo, mudou-se aos onze anos para o Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento, tendo, entre outros assuntos, defendido e teorizado acerca do cenário poético de seus contemporâneos, a geração mimeógrafo, criadores da chamada poesia marginal, que ganhou publicidade com a “Antologia 26 poetas hoje”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, com quem Cacaso, em janeiro de 74, escreveu o artigo "Nosso verso de pé quebrado", no qual fazem uma síntese das poéticas de então. Seus artigos estão reunidos em “Não quero prosa”, publicado em 1997.
Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.
Como poeta, estreou em 1967 com o livro “A palavra cerzida”. Em 1974, lança Grupo Escolar, pela coleção Frenesi, composta também dos livros depoetas como Chico Alvim, Roberto Schwarz, Geraldo Carneiro, e João Carlos Pádua. Cacaso une-se então a outros poetas, como Eudoro Augusto, Carlos Saldanha e Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte), formando a coleção Vida de Artista, pela qual lançou “Segunda classe” (em parceria com Luiz Olavo Fontes) e “Beijo na boca”, ambos em 1975. Depois vieram "Na corda bamba" (1978), "Mar de mineiro” (1982) e “Beijo na boca e outros poemas” (1985), que reunia uma antologia poética da obra do autor. Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da "poesia marginal", em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Helena Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cezar, Charles, Chacal, Geraldinho Carneiro e Zuca Sardhan.
Na música, os amigos e parceiros se multiplicavam na mesma proporção: Edu Lobo, Djavan, Tom Jobim, Toquinho, Olívia Byington, Sueli Costa, Cláudio Nucci, Novelli, Nelson Angelo, Joyce, Toninho Horta, Francis Hime, Sivuca, João Donato e muitos mais.
Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso foi embora prematuramente aos 43 anos. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".
Em 2002, veio a público Lero-lero, sua obra completa, incluindo, além dos livros citados, letras e poemas inéditos.
http://www.myspace.com/cacaso
Depois de viver no interior de São Paulo, mudou-se aos onze anos para o Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento, tendo, entre outros assuntos, defendido e teorizado acerca do cenário poético de seus contemporâneos, a geração mimeógrafo, criadores da chamada poesia marginal, que ganhou publicidade com a “Antologia 26 poetas hoje”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, com quem Cacaso, em janeiro de 74, escreveu o artigo "Nosso verso de pé quebrado", no qual fazem uma síntese das poéticas de então. Seus artigos estão reunidos em “Não quero prosa”, publicado em 1997.
Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.
Como poeta, estreou em 1967 com o livro “A palavra cerzida”. Em 1974, lança Grupo Escolar, pela coleção Frenesi, composta também dos livros depoetas como Chico Alvim, Roberto Schwarz, Geraldo Carneiro, e João Carlos Pádua. Cacaso une-se então a outros poetas, como Eudoro Augusto, Carlos Saldanha e Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte), formando a coleção Vida de Artista, pela qual lançou “Segunda classe” (em parceria com Luiz Olavo Fontes) e “Beijo na boca”, ambos em 1975. Depois vieram "Na corda bamba" (1978), "Mar de mineiro” (1982) e “Beijo na boca e outros poemas” (1985), que reunia uma antologia poética da obra do autor. Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da "poesia marginal", em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Helena Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cezar, Charles, Chacal, Geraldinho Carneiro e Zuca Sardhan.
Na música, os amigos e parceiros se multiplicavam na mesma proporção: Edu Lobo, Djavan, Tom Jobim, Toquinho, Olívia Byington, Sueli Costa, Cláudio Nucci, Novelli, Nelson Angelo, Joyce, Toninho Horta, Francis Hime, Sivuca, João Donato e muitos mais.
Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso foi embora prematuramente aos 43 anos. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".
Em 2002, veio a público Lero-lero, sua obra completa, incluindo, além dos livros citados, letras e poemas inéditos.
http://www.myspace.com/cacaso
Genial essas postagens com nossos queridos que se foram!
ResponderExcluirParabéns Patricia e Flávio!
Poder assitir takes dos videos aqui é lindo.
Conheci Cacaso pelas parcerias dele com Sueli Costa que compositora maravilhos!
Amei o blog
Abs