
Depois de viver no interior de São Paulo, mudou-se aos onze anos para o Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento, tendo, entre outros assuntos, defendido e teorizado acerca do cenário poético de seus contemporâneos, a geração mimeógrafo, criadores da chamada poesia marginal, que ganhou publicidade com a “Antologia 26 poetas hoje”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, com quem Cacaso, em janeiro de 74, escreveu o artigo "Nosso verso de pé quebrado", no qual fazem uma síntese das poéticas de então. Seus artigos estão reunidos em “Não quero prosa”, publicado em 1997.
Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.
Como poeta, estreou em 1967 com o livro “A palavra cerzida”. Em 1974, lança Grupo Escolar, pela coleção Frenesi, composta também dos livros depoetas como Chico Alvim, Roberto Schwarz, Geraldo Carneiro, e João Carlos Pádua. Cacaso une-se então a outros poetas, como Eudoro Augusto, Carlos Saldanha e Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte), formando a coleção Vida de Artista, pela qual lançou “Segunda classe” (em parceria com Luiz Olavo Fontes) e “Beijo na boca”, ambos em 1975. Depois vieram "Na corda bamba" (1978), "Mar de mineiro” (1982) e “Beijo na boca e outros poemas” (1985), que reunia uma antologia poética da obra do autor. Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da "poesia marginal", em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Helena Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cezar, Charles, Chacal, Geraldinho Carneiro e Zuca Sardhan.
Na música, os amigos e parceiros se multiplicavam na mesma proporção: Edu Lobo, Djavan, Tom Jobim, Toquinho, Olívia Byington, Sueli Costa, Cláudio Nucci, Novelli, Nelson Angelo, Joyce, Toninho Horta, Francis Hime, Sivuca, João Donato e muitos mais.
Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso foi embora prematuramente aos 43 anos. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".
Em 2002, veio a público Lero-lero, sua obra completa, incluindo, além dos livros citados, letras e poemas inéditos.
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